Intermediários. Estamos tão acostumados a ter profissionais no meio das nossas demandas que nem percebemos que, às vezes, eles não são tão necessários assim. Quantas vezes se usa o serviço de um despachante para tirar um documento simples, que poderia ter sido feito pessoalmente? Ou se contrata o serviço de um advogado apenas para ler um pequneo contrato que, aparentemente, nem era tão complicado assim?
É pensando nessa última questão que se criou o Docracy (nome que brinca com a ideia de que os documentos – e consequentemente os contratos – precisam ser mais democráticos), um jeito colaborativo de divulgar, editar e assinar contratos para tarefas simples do cotidiano. O objetivo é evitar pagar taxas exorbitantes para os advogados para fazer serviços pequenos, como, por exemplo, revisar um contrato padrão para sublocação de um apartamento ou um simples acordo de privacidade. Muitas vezes, são poucas as mudanças que acontecem de um contrato para o outro, e não se precisa necessariamente contratar o serviço de alguém para ter certeza que uma linha não foi modificada em todo o documento.
A plataforma possibilita que se suba um contrato e o libere em modo público para que qualquer um o edite e o comente. Assim, espera-se que em pouco tempo se tenha uma consultoria não necessariamente feita por advogados, mas também por pessoas que passaram pela mesma situação. Troca de experiências. E, além disso, se cria um banco de dados de contratos padrões que podem ser usados por qualquer um.
O projeto nasceu em 2011 durante um hackathon promovido pelo site TechCrunch. Hoje, graças ao financiamento de diversas instituições, a equipe se dedica em tempo integral à tarefa de criar uma comunidade focada em documentos legais. Não se quer, contudo, acabar com o serviço do advogado, mas sim criar um sistema para auxiliar em pequenas tarefas.
Colaboração por documentos legais!