Se a “heterofobia” fosse real

http://youtu.be/3ROXTFfkcfo

E se a “héterofobia” fosse real, assim como acontece todos os dias com os homossexuais? Como seria se identificar com aqueles que sofrem opressão diariamente apenas porque possuem essa orientação sexual?

O mais interessante deste vídeo é perceber que quando as mesmas situações que acontecem com gays diariamente ocorrem com héteros, há a sensação de ficção, de uma situação irreal, forçada. E é tão irreal imaginar que alguém poderia ser oprimidx por gostar de uma pessoa que o problema parece ser do filme em vez da própria realidade. Há uma luta paradoxal entre a tentativa de identificação com a personagem principal e a recusa de que aquela situação possa ser real. Há a identificação porque é a orientação sexual predominante, mas se rejeita por haver a tentativa de quebra da realidade hegemônica. E, aí, ao final, conta-se que a história é baseada em acontecimentos reais de uma criança, homossexual, que se matou graças ao bullying sofrido na escola.

Há milhares (se não milhões) de casos de homossexuais que se suicidam por causa da intolerância que amigos e familiares impõem contra a orientação sexual de uma pessoa. O grupo “It Gets Better” tenta orientar por aqui que, depois da adolescência e quando se chega à fase adulta, a situação “fica melhor” e o bullying sofrido na infância e adolescência passa com o tempo. Mesmo com todas as campanhas, isso não impediu, por exemplo, que o menino de 14 anos Jamey Rodemeyer cometesse suicídio meses depois de ter postado um popular vídeo no grupo.

No Brasil, os casos de homofobia parecem crescer cada vez mais, principalmente pela mídia considerar como “estrelas” políticos polêmicos que defendem a exclusão de grupos minoritários. Há diversos movimentos que tentam proliferar a ideia de que não se pode ficar indiferente em relação à situação. É preciso agir de algum modo. Pegando o lema da campanha contra a crise/epidemia da AIDS nos anos 80 principalmente em NY (em que, por meio de controle público para entrega de remédios, o governo estava exterminando a população queer do país), “Silence = Death”, o “Indiferença Não Mais” tenta por meio de imagens e notícias realizar uma campanha de conscientização. A homofobia não pode ficar indiferente. Ela tem que ser mostrada.

Já imaginou se fossem os héteros que tivessem que passar por tudo isso?

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