Os zumbis na sua caixa de entrada


Carregue sua arma. Há um ataque de zumbis acontecendo. Por cima, por baixo, pela porta ao lado, por todos os lugares que você imagina. É informação por todos os lados. Esteja preparado. Matar zumbis é mais comum do que você pensa. E você o faz praticamente todos os dias.

Navegando por aí, me deparei com um post do Conector sobre a invasão de zumbis em nosso cotidiano. Sim, eles estão à nossa volta! Todos os dias! Todas as horas! Segundo o texto achado pelo autor do blog, “matar zumbis é filosoficamente semelhante a ler e deletar 300 e-mails de trabalho numa manhã de segunda-feira ou preencher documentos que apenas geram mais documentos, ou acompanhar fofocas no Twitter por obrigação, ou fazer tarefas entediantes nas quais o único risco verdadeiro é ser consumido pela avalanche”.

E ele está certo. As tarefas cotidianas nos assolam a cada momento. Ao ligar o computador e abrir o seu navegador de internet, você está deliberadamente assumindo a postura de ser bombardeado com informações que você nunca pediu, nunca se interessou – e talvez nunca se interesse – e não tenha nada a ver com você. Você não deseja aquilo, mas de qualquer forma ela te persegue tentando “devorar seu cérebro” para que você a aceite.

As tarefas cotidianas se transformaram tão automáticas quanto, ér…, matar um zumbi. Você só precisa dar um tiro na cabeça, da mesma forma que apertar o botão de “delete” do teclado para apagar o e-mail. Tão simples, tão persecutório, tão viralizado.

O texto ainda faz outras relações sobre a crescente adoração pelo monstro em séries de televisão. Vale prestar atenção em como os processos profissionais se tornaram hoje em dia, com a rede como meio principal de comunicação. Repare em como você se comporta com sua caixa de mensagens cheia, sua timeline do twitter com vários ruídos que não te interessa, seu leitor de feeds com diversos posts não lidos.

E ainda nesta mesma linha de pensar sobre os processos diários, principalmente quando o assunto é o trabalho, encontrei um vídeo que se assemelha àquele viralizado sobre o uso de filtro solar que até o Pedro Bial fez questão de narrar.

Coloco abaixo para pensarmos sobre os zumbis que encaramos todos os dias, ou sobre a possibilidade de nos tornarmos apenas jovens monolitos.

Imagem lá em cima retirada do próprio post do Conector

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