Angra: como as redes podem ajudar?


E o ano começa com paisagens naturais um tanto quanto caóticas. As chuvas que acometeram várias cidades do Sudeste deixaram grandes consequências para as populações, principalmente as moradoras de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

Segundo a Defesa Civil, foram confirmadas 47 mortes por causa dos deslizamentos de terra provocados pela chuva. Cinco pessoas continuam desaparecidas. Cerca de 220 casas foram interditadas por causa dos riscos de desabamentos. Há 125 pessoas desabrigadas e 113 desalojadas apenas em um dos morros da cidade.

Com este cenário de desastre, como as redes sociais e as novas tecnologias poderiam ajudar a essas famílias e a situação que foge dos controles de qualquer um? O Projeto Enchentes é um belo exemplo de que a rede pode ser usada para auxiliar inclusive em situações de calamidade pública.

Criado neste fim de semana, a ideia surgiu quando Cristiana Soares viu as notícias sobre a tragédia no noticiário do sábado à noite. Indignada com o sentimento de passividade diante da situação já que não tinha como ajudar diretamente, Cristiana entrou no serviço de microblogging Twitter e postou alguns comentários sobre o assunto, iniciando a discussão da ideia do projeto: “estou aqui pensando o que o twitter poderia fazer de concreto para ajudar vítimas das enchentes… as cidades que estão alagadas”. Logo em seguida, complementou: “não falo de caridade nem assistencialismo. Mas de uma real ajuda emergencial. Concreta. Sem ‘bonzinhos’ nem ‘coitadinhos’. #enchentes”. E a conclusão: “se o twitter não servir para um momento desse, para que mais poderia servir? #enchentes”.

A partir daí, diversas pessoas entraram em contato com Cristiana para ajudar na construção dessa plataforma. “Eu me senti meio boba colocando essas mensagens no twitter, mas as pessoas começaram a responder”, explica.

O projeto, para dar certo, foi subdivido entre editores, para que cada um fique responsável por uma demanda diferente e consiga orientar todas as informações que chegam. O principal objetivo do serviço é ser um local com informações, onde as pessoas saibam como agir nesta situação e o que está realmente acontecendo. Um exemplo é o mapa colaborativo criado para mostrar os pontos de alagamento, os deslizamentos de terra, locais de abrigo e pontos de coleta de doações.

Todos podem complementar as informações e acrescentar novos dados. “Qualquer um que quiser, pode ajudar. É só colocar os contatos na área de comentáros e o que quer fazer ou qual sugestão tem. Uma das ideias que tenho na cabeça é descobrir como conseguir rastrear as doações para evitar desvios”, exemplifica.

Se alguém quiser ajudar com o projeto, é só entrar em contato com os editores das seções:
Henrique Brandão: responsável pelo mapa;
Alexandre Feitosa: editor da seção “Serviços”;
Lucas Guedes: editor da seção “Doações”.

Colabore com a iniciativa!

Imagem tirada por Fractal Artist

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