(Flávio Villaça, no prefácio de “São Paulo cidade global – fundamentos financeiros de uma miragem”, de Mariana Fix)Na parte rica da cidade (demográfica e espacialmente mínima) o Estado atua, mas é dominado pelos interesses privados, como mostra Mariana [Fix]. No restante, na maior parte do espaço urbano, onde mora a maioria, o Estado e a lei são quase totalmente ausentes. Conclusão: o Estado se evaporou. Os governos estadual e municipal, mesmo na administração do PT, participam docilmente da produção do espaço do bairro por meio de operações urbanas (há ainda os que acreditam nelas por causa do Estatuto da Cidade), legislação urbanística e especialmente por meio de obras viárias monumentais que incluem até uma linha de trem urbano com ar-condicionado e estações com escadas rolantes.