Direto de NY: artistas em zonas de conflito


A globalização está aí. A gente, agora, pode se deslocar de um lugar para o outro sem nos preocuparmos que nosso trabalho ficou para trás ou que você deverá começar toda a sua linha de contatos tudo de novo. Que nada! Hoje, a conectividade permite que mudemos de cidade a qualquer momento mantendo ainda os trabalhos e contatos de sua cidade natal.

Tudo isso para informar que, hoje, estou de mudança para a cidade que nunca dorme! Os posts para este blog e outros textos para o Planeta Sustentável serão escritos diretamente de Nova York, nos Estados Unidos. Foi o meio encontrado por mim para me aprofundar mais nos estudos da arte e tecnologia e pesquisar as inovações que estão surgindo quando o tema é sustentabilidade.

Dá para imaginar a infinidade de assuntos, temas e palestras que a grande maçã guarda no emaranhado de prédios e asfaltos. Nesta sexta-feira, por exemplo, o Instituo Goethe da cidade organiza uma palestra sobre residências artísticas e áreas de conflito, para entender como a produção artística pode interferir e ajudar nas comunidades do entorno, principalmente contando com o “olhar de fora” do residente.

O organizador do evento, Todd Lester, é o criador do freeDimensional que, segundo seu site, “protegendo as vozes críticas por meio de refúgios seguros em apartamentos de residências artísticas e de rápida resposta a fundos para evitar perigos, nós:
1) fornecemos oportunidades para trabalhadores culturais ameaçados a continuar sua prática criativa;
2) mandamos mensagens aos regimes repressores e às pessoas que mal-usam seus poderes afirmando que os trabalhadores culturais não serão silenciados sem com que a comunidade internacional saiba e aja em sua defesa;
3) ativamos o ativismo latente do setor criativo, direcionando recursos subutilizados (e não relacionados) para provocar mudanças sociais; e
4) sensibilizamos o setor de direitos humanos para a importância do papel da criatividade quando lutando contra a injustiça.”

O programa é financiado pelo Creative Resistance Fund, também criado por Lester, para angariar verba e financiar as “vozes criativas” das comunidades em conflito. É o meio encontrado de preservar o processo criativo mesmo em situações de perigo.

Essas e outras iniciativas que acontecem por lá serão, agora, alvo de minhas pesquisas. É claro que nunca darei as costas aos temas do Brasil, como a democratização da banda larga ou a liberação em licenças mais brandas de autoria do conteúdo produzido pelos ministérios.

Qualquer sugestão, por favor, é só falar aí embaixo! 🙂

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